quinta-feira, 1 de março de 2007

Liebe Mutter...


Visualemente muito atractiva, esta capa do artista alemão Heino, teve tudo pra singrar como uma das maiores obras elaborados pelo humano. O itálico do título e do nome do autor e a escolha do amarelo sobressaem do tom de fundo, vá lá, vermelho-pitoux. O subtítulo a verde também merece destaque porque qualquer frase numa capa de cd fica mal. Eis a excepção. Quanto à personagem, nada a apontar: boa caracterização (maquilhagem adequada, côr de cabelo invejável,..); os óculos, arrisco a dizer photogrey adaptam-se à luminusidade do estúdio e metem nojo a qualquer míope; as rosas que empunha de um vermelho mais crouxette ficavam bem com qualquer cortinado que tenhamos em casa. Como disse, tem tudo pra singrar.
Porém, apercebi-me de certas e determinadas características bem singulares nesta capa.
Esta capa é dos anos 60, e nunca ninguém a desmascarou. O autocolante azul não engana. Desconfiem de tudo que tem um autocolante azul. Comecemos pelo subtítulo, deixando o melhor para o fim. Traduzindo-o, podemos ler na capa de um cd, sublinho, na capa de um cd a frase "Uma Rosa que não Murcha". Por sua vez, o título: "Liebe Mutter..." não é mais do que "Querida Mãe...". Ou seja, afinal de contas, esse senhor com cabelinho amaricado com rosas na mãos é só uma mulher feia. Só uma mulher feia. E estrábica. É só uma mulher horrível, temível e estrábica.

Sem comentários: